quarta-feira, 27 de agosto de 2008

QUARTO DE MILHA

Vamos começar a falar agora um pouco de raças de cavalos e pra inaugurar nada mais nada menos que o quarto de milha a primeira raça a ser desenvolvida na América.São animais extremamente difundidos no Brasil eles têm uma característica bem reconhecida de serem animais dóceis e muito inteligentes que por sua vez os torna fácil de domar, mas deve ser ensinado sempre com a máxima cautela pois se for ensinada alguma coisa errada eles tem a mesma facilidade de aprender.
São animais que têm um domínio grande sobre o próprio corpo conseguindo dar arranques bem rápidos com paradas bruscas, podem mudar a direção com facilidade são considerados animais muito velozes.
Não são caracterizados por serem animais altos, mas, por sua resistência, facilmente se adaptam a novas situações as modalidades a quais estão envolvidos se dividem em três sendo elas:
Conformação: que avalia basicamente a morfologia do animal, ou seja, aprumos, musculosidade, anatomia do sistema reprodutor tanto feminino quanto masculino entre outros itens.
Trabalho: Nesse quesito uma série de itens é avaliada como a vaquejada, apartação, working cow horse, trail, rédeas entre muitas outras modalidades.
Corrida: Essa última modalidade tem um grande peso nessa raça que analisa quem consegue fazer um percurso em menos tempo, diversas técnicas.
As pelagens oficiais de um quarto de milha são:alazão, baio, alazão tostado, baio amarilho, castanho, cremelo, lobuno, perlino, preto, rosilho, tordilho e zaino.Essa raça permite que tenha uma tolerancia de pelos brancos, determinada área do corpo passando desse limite isso já descaracteriza o quarto de milha.
Para os adoradores de cavalos o quarto de milha é um animal realmente exuberante que chama muito atenção pela sua beleza, e que as pessoas depositam muita confiança para qualquer tarefa que venha exercer.

QUARTO DE MILHA

História [ editar ]
O Quarto de Milha é um dos mais populares cavalos no mundo, sendo aquele que detém mais registos. É originário dos Estados Unidos da América e é considerada a primeira raça a estabelecer-se no país, o que lhe valeu a alcunha United States Horse, Cavalo dos Estados Unidos. A origem do Quarto de Milha remonta ao século XVI, durante os Descobrimentos. Os conquistadores espanhóis levaram cavalos Árabes e Turcos para as Américas e cruzaram-nos com as raças possuídas pelas tribos Índias. Por volta de 1600 algumas éguas Puro Sangue Inglês foram cruzadas com esses garanhões, produzindo um cavalo dócil mas veloz, com um desempenho inigualável em corridas de curta distância, 0,5 km, equivalente a um quarto de uma milha. O sucesso destes cavalos nessas corridas acabou por ser responsável pelo nome da raça.
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Temperamento [ editar ]
Dócil e seguro, o Quarto de Milha é um cavalo em que se pode confiar. Quando cruzado com o Puro Sangue Inglês, é imbatível em corridas de distâncias curtas. Enérgico e entusiástico, considera-se que o temperamento do Quarto de Milha se situa entre o dos cavalos de sangue quente e dos de sangue frio.
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Descrição [ editar ]
Existem dois tipos de porte para o Quarto de Milha geralmente ligados à função para que são criados. Os cavalos de corrida são mais altos devido à influência do Puro Sangue Inglês. Os cavalos criados para a vida no rancho são mais robustos e mais rústicos.Independentemente destes dois tipos, o Quarto de Milha apresenta uma cabeça pequena com os olhos afastados e orelhas pequenas. Os membros e dorso são curtos e bastante musculosos. A garupa é ligeiramente inclinada e a cauda é de inserção alta.
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Pelagem [ editar ]
O Quarto de Milha pode ser observado em qualquer pelagem simples.
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Utilização [ editar ]
O Quarto de Milha é sem dúvida um dos mais versáteis cavalos do mundo. Com uma resistência e força que o torna ideal para trabalhos agrícolas, também possui uma aceleração que faz inveja ao Puro Sangue Inglês. Assim, o Quarto de Milha é usado em rodeios, touradas, provas de salto de obstáculos, dressage, etc. A sua aptidão natural para reunir rebanhos fez dele o animal de eleição em ranchos.
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QUARTO DE MILHA

HISTÓRICO DAS RAÇAS: O CAVALO QUARTO DE MILHAEnviado por pedrolara em Domingo, 27 de fevereiro de 2005 @ (20:43:28)Contribuição de pedrolaraEla surgiu por volta de 1600, transformando-se na " mais Versátil do Mundo"A raça Quarto de Milha foi a primeira a ser desenvolvida na América, por volta do ano de 1600. Os primeiros animais que a originaram foram trazidos da Arábia e Turquia à América do Norte pelos exploradores e comerciantes espanhóis. Os garanhões escolhidos eram cruzados com éguas que vieram da Inglaterra, em 1611. O cruzamento produziu cavalos compactos, com músculos fortes, podendo correr distâncias curtas mais rapidamente do que nenhuma outra raça. Com a lida no campo, na desbravação do Oeste Norte-americano, o cavalo foi se especializando no trabalho com o gado, puxando carroças, levando crianças à escola. Nos finais de semana, os colonizadores divertiam-se, promovendo corridas nas ruas das vilas e pelas estradas dos campos, perto das plantações, com distâncias de um quarto de milha (402 metros), originando o nome do cavalo. Com o passar do tempo, essa mania virou parte integrante na vida dos criadores. Preocupados com a preservação da raça, registros e dados dos cavalos, um grupo de criadores norte-americanos e da República Mexicana resolveram fundar, em 15 de março de 1940, a American Quarter Horse Association (AQHA), em College Station, Texas.No ano seguinte, foi registrado o primeiro eqüino pela associação norte-americana: Wimpy (Solis x Panda), nascido na King Ranch (Kingsville, Texas) em 1937, morrendo em agosto de 1959Corria o ano de 1946, quando a AQHA se transferiu para Amarillo, Texas, onde se encontra até hoje, tornando-se a maior associação de criadores do mundo, com cerca de 305 mil sócios e mais de 2,96 milhões de cavalos registrados.

O BOM CRIOULO

Na calmaria do mar os marinheiros se enfileiravam para ver o castigo que três deles receberiam devido a infrações dentro do navio. Entre eles estava Amaro, o bom crioulo. Era um negro forte, ex-escravo fugido, metia medo nos companheiros. Entrara pra marinha e se destacava, por muito tempo sonhou navegar e agora ali estava em uma embarcação. Recebeu como punição algumas chibatadas que agüentou com dureza. Estava sendo punido por brigar com outro companheiro. Brigara com ele por conta de Aleixo. Aleixo era um rapazinho do sul, loiro de olhos azuis; Amaro quando o viu se encantou e o fez protegido, mas sua estima ia além da amizade: desejava Aleixo como homem deseja mulher. No decorrer da viagem os dois criaram laços de amizades. Com pouco tempo a viagem acabou e os dois desembarcaram no Rio de Janeiro. Amaro planejava no navio que eles fossem juntos até a Rua da misericórdia onde D. Caroline vivia em um sobradinho a alugar quartos. Ela era sua conhecida por uma vez ter-lhe salvado a vida. Alugaram um quarto colado ao sótão e ali viveram como dois amantes. Amaro tratava Aleixo como um escravo a satisfazê-lo, mas a afeição existia. D. Carolina brincava que juntos acabariam tendo um filho. Embarcavam e trabalhavam no mesmo navio e juntos voltavam a terra unindo-se em seu quartinho. Foi assim até que Amaro foi chamado a serviço em outra embarcação, eles combinaram o dia para que voltassem juntos e se encontrassem no sobradinho. Mas, no navio de Amaro ele só podia desembarcar uma vez por mês. A boa referência de seu trabalho garantida pela convivência satisfatória que levava na Rua da misericórdia fazia-o mais requisitado. Um dia Aleixo desembarcou e Amaro não estava no quartinho. Ele sozinho na cama a fumar planejou, pela primeira vez, encontrar outro homem. Era bonitinho, poderia achar outro, já estava acostumado às relações com o mesmo sexo. Foi nesses tempos que D. Caroline desejou possuí-lo. Inicialmente ele mostrava por ela um pudor, mas ela se insinuava. Convidou-o para ir ao quarto dela e foi ali que ele esteve com a primeira mulher de sua vida. Os dois passaram a viver um romance. Aleixo a desejava e a recíproca era verdadeira. Amaro apareceu e desta vez quem não estava no quartinho foi Aleixo. Amaro vasculhou o quarto em busca de traição e depois saiu à rua, pensando em se ajeitar com alguma mulher e abandonar Aleixo. Acabou se embebedando, tornou-se uma fera e conseqüentemente entrou em uma briga. Por tal, acabou levado por um capitão à sua embarcação, passou a primeira noite preso e no dia seguinte recebeu o castigo. Foram cento e cinqüenta chibatadas, as quais levaram o negro ao hospital. Aleixo e D. Caroline possuíam-se. Ele queria por tudo esquecer a figura do negro por qual nunca sentira nada e de quem guardava até certo rancor. Amaro estava no hospital, sentia-se ali preso, o que lhe torturava devido a sua paixão pela liberdade. Com o decorrer dos dias Aleixo vivia com Caroline e exigia-lhe fidelidade. E Amaro, inválido no hospital, morria de saudade, desejo, ciúme, raiva por Aleixo. Conseguiu o negro que um bilhete fosse escrito a Aleixo, narrando-lhe onde estava, seu estado e pedindo uma visita. Aleixo não apareceu e, assim, a raiva e o ciúme do negro aumentaram, ele acreditava que o rapazinho arrumara outro homem e sofria. Depois de um tempo o bilhete chegou a Rua da misericórdia, Caroline o rasgou, temia o bom crioulo. Nesta noite trancou as portas. Quando Aleixo voltou e teve com a porta trancada encheu-se de desconfiança sobre uma traição. A má situação que se estabeleceu levou Caroline a contar o que a levara a trancar-se. Aleixo cogitou uma visita ao negro, mas ela afirmou que era melhor que não, Amaro acabaria por esquecer-se do rapaz. Então em um dia de visita, Herculano, ex-companheiro de Amaro nas embarcações, apareceu em visita a um doente. Amaro teve com ele e disfarçado indagou sobre Aleixo. Recebeu de reposta que ele estava metido com oficiais e que saía e entrava quando queria, acreditavam até que tinha uma rapariga. Depois da partida de Herculano, Amaro planejou sua fuga. Mais que nunca queria ter com Aleixo, era uma raiva e também um desejo de possuí-lo provocando-lhe dor. Escapou do hospital pulando a janela durante a noite, chegou ao mar e esperou até que um homem passou em um barquinho. Tomou carona e chegou ao cais. Vagou pela cidade, até chegar ao sobradinho da Rua da misericórdia, que aparentava estar abandonado. Foi à padaria praticamente em frente e indagou pelos moradores. Descreveu Aleixo e D. Caroline. Ainda viviam ali, havia boatos de que se arranjavam juntos e saíam a passeios à noite. Amaro descreveu-os novamente, não acreditando. Foi confirmado e em seguida Aleixo saiu à rua. O negro foi ter com ele. Pegou o rapaz e com fúria chamava-lhe de safado e lhe culpava pelo estado em que se encontrava. Aleixo se acovardou. Amaro falava baixo, porém ameaçador. Logo o povo se aglomerou em volta. No fim, D. Caroline saiu à janela e viu do meio da multidão ser retirado o corpo frouxo e ensangüentado do rapazinho, morto a navalhadas. Descendo a rua ia o negro, preso pelos guardas.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA RAÇA DE CAVALO CRIOULO

Em 1493, os cavalos espanhóis pisam pela primeira vez em terra americana, na ilha Hispaniola, e são os antepassados diretos, de todos os cavalos “crioulos” americanos. Uma vez aclimatados ao novo ambiente e incrementada sua criação com as importações realizadas posteriormente, reproduziu-se com rapidez, em poucos anos, estendeu-se para as outras Antilhas e passou ao Continente. Ao que tudo indica, Panamá e Colômbia foram as primeiras regiões em importância na produção de rebanhos. Do Panamá passaram ao Peru, levados por Pizarro, onde começaram a multiplicar-se a partir de 1532. É também ali que chegam, em 1538, cavalos provenientes da criação de Santiago de Uruba (Colômbia). Charcas transforma-se, assim, em um importante centro produtor de eqüinos. Contemporaneamente, Pedro de Mendoza (1535) e Alvar Núñez Cabeza de Vaca (1541) introduzem cavalos, diretamente da Espanha, no Rio da Prata e no Paraguai. Alonso Luis de Lugo se compromete a levar duzentos cavalos da Espanha para a conquista de Nova Granada e Hernando de Soto sai de San Lúcar de Barrameda (1538) com cem cavalos para sua expedição na Flórida. A partir deste momento, começa um verdadeiro intercâmbio de rebanhos eqüinos entre distintas regiões. Procedem de Charcas as manadas que Valdivia levou ao Chile, em 1541, as que Diego de Rojas levou para Tucumam, em 1548, e as que Luis de Cabrera levou para Córdoba, em 1573, e logo a seguir para Santa Fé. Nesta zona, mais ou menos na mesma época, chegam cavalos paraguaios, trazidos por Garay, descendentes daqueles que, 30 anos antes, Cabeza de Vaca introduziu diretamente da Espanha e dos que, em 1569, Felipe de Cáceres levou do Peru. Do Paraguai, procederam também os rebanhos eqüinos que chegaram à Buenos Aires, em 1580, levados por Juan de Garay e Adelantado Juan Torres de Vera e Aragón para Corrientes, em 1588. Do Chile, chegam à Argentina em 1561, através de Cuyo, rebanhos trazidos por Francisco de Aguirre, Castillo e outros. Em 1605, entram no Chile os animais que o governador chileno Garcia Ramos levou do Rio da Prata e, em 1601, os que o Capitão López Vasques Pestaña levou de Tucumam. Verifica-se (Goulart, 1964) que a criação de cavalos se inicia nas reduções do Rio Grande do Sul em 1634, com os animais trazidos pelos padres jesuítas Cristóbal de Mendonza e Pedro Romero, de Corrientes, para onde os cavalos haviam sido levados, a partir de Assunção, por Alonso de Vera e Aragón, em 1588. Paralelo a este movimento de rebanhos mansos, seja por abandono ou fuga dos domesticados, ou porque, com o correr dos anos, o número destes foi aumentando de tal forma que superou as possibilidades ou as necessidades dos primeiros habitantes de mantê- los sob controle no Norte e no Sul do continente americano, este primitivo rebanho crioulo se dispersou, formando enormes rebanhos selvagens que, no México e Estados Unidos, foram chamados de “mesteños” e “mustangs” e de “cimarrones”, nas ilhas e América Central. No Rio da Prata os designaram como “baguales”, o “kaitá” dos índios pampas que acompanharam o Dr. Zeballos (1834) em sua viagem ao Chile, ou “saguá”, dos índios do Noroeste argentino. Dos dispersados, os “cimarrones”, que habitaram os “lençóis dominicanos” ou “planos da Venezuela”, diz-se que eram caçados no primeiro quarto do século XVIII. Roberto Cunninghame Graham (1946) diz em seu livro que, por esses anos, nos planos da Venezuela, era o único lugar da América onde podiam encontrar-se cavalos “cimarrones”. O “mustang” americano ou o “mesteño” mexicano tem origem parecida. Cabrera (1937 e 1945) e Denhardt (1947) explicam que não podiam ser cavalos abandonados ou perdidos pelas expedições de Cabeza de Vaca (1528, 1537), de Soto (1539, 1543) ou pela de Coronado (1540, 1542), porque a primeira não levava cavalos e as duas últimas praticamente perderam todas suas montarias, mortas por fadiga da viagem ou pelos índios. Acredita-se que foi Juan de Oñate, por volta de 1595, quem levou ao Sudoeste dos Estados Unidos os antepassados do “mustang”. Parte daqueles cavalos domesticados se dispersaram posteriormente das missões, fazendas ou “ranchos” atacados pelos índios e constituíram o que a literatura americana chamou de “cavalos selvagens”, que eram cavalos mansos que viraram selvagens, “cimarrones” ou “baguales”, segundo as denominações que lhes deram nos “lençóis dominicanos” ou na “pampa sul-americana”. Dos originais “ginetes” andaluzes, possivelmente muitos morreram durante as conquistas, mas outros, sem dúvida, se reproduziram e seus descendentes, aclimatados pelo meio americano durante muitas gerações, forjaram essas populações crioulas, constituídas pelo “pequeno grande cavalo da América”, como acertadamente batizou Guilherme Echenique.

CRIOULO

Crioulo
Trata-se de um animal harmonioso nativo da República Argentina, o crioulo pode ser encontrado, sob formas ligeiramente difrentes e uma grande variedade de nomes. Com o chanfro acarneirado, herança esta de sua ascendência ibérica, não possui a desproporção que se observa no Andaluz e na maioria dos Mangalargas entre os quartos traseiros
Descendente dos animais ibéricos, a garupa genética é a do Berbere e a do Árabe. O cavalo desapareceu dos territórios americanos na Pré Historia, sendo reintroduzido somente na colonização ibérica. Os espanhóis, a partir da América Central, levaram o cavalo para o Norte, ao México, e para o Sul , até o Peru. Do México, o cavalo espalhou-se pelo que hoje constituiu os Estados Unidos, e, do Peru, o cavalo seguiu para o sul, numa rota paralela à costa do Oceano Pacífico, via Chile, até invadir a Argentina e o Rio grande do Sul, onde o cultivamos, originalmente, no Brasil. Atualmente, a raça está sendo bem difundida em todo território nacional.
Pelagem: Praticamente qualquer uma, predominante o baio gateado ( com estrias escuras nos joelhos e jarretes). A pelagem dominante no Brasil, a gateada, que é um báio com fio do lombo e às vezes zebruras. Além dela encontram-se a moura, a rosilha, a alazã, a zaina, a tordilha, sendo ainda freqüente no Brasil as pelagens malhadas: oveira e tobiana, indesejáveis.
Função: Trata-se de excepcional cavalo de lida, potente, dócil e resistente, com incrível capacidade de trabalho e subsistência sob condições. Nos dias atuais, está sendo descoberto pelos praticantes do hipismo rural, com crescente sucesso esportivo. É educado num galope especial, curto, porém continuado, que permite fazer muitos quilômetros por dia. Seu andamento natural é o trote e o passo, num caminhar baixo, de acordo com os terrenos planos do sul.

PADRÃO DA RAÇA

1. CABEÇA

PERFIL: sub-convexo; retilíneo; sub-côncavo
COMPRIMENTO: curta
GANACHA: delineada; forte e moderadamente afastada
LARGURA:
Fronte – larga e bem desenvolvida
Chanfro - largo e curto
ORELHAS: afastadas; curtas; bem inseridas; com mobilidade
OLHOS: proeminência; vivacidade

2. PESCOÇO
INSERÇÕES:
Cabeça – limpa e resistente;
Tórax – rigorosamente apoiada no peito
BORDO SUPERIOR: sub-convexo; crinas grossas e abundantes
BORDO INFERIOR: retilíneo
LARGURA: amplo; forte; musculoso
COMPRIMENTO: mediano

3. LINHA SUPERIOR

CERNELHA: destaque moderado; musculosa
DORSO: mediano; musculoso; bem unido a cernelha e ao lombo
LOMBO: musculoso; unindo suavemente o dorso e a garupa
GARUPA: moderadamente larga e comprida; levemente inclinada proporcionando boa descida muscular para os posteriores
COLA: com a inserção dando uma perfeita continuidade à linha superior da garupa. Sabugo curto e grosso, com crinas grossas e abundantes.

4. TÓRAX, VENTRE E FLANCO

PEITO: amplo; largo; profundo; encontros bem separados e musculosos
PALETAS: inclinação mediana; comprimento mediano; musculosas, caracterizando encontros bem separados
COSTELAS: arqueadas e profundas
VENTRE: sub–convexo, com razoável volume; perfeitamente unido ao tórax e flanco
FLANCO: curto; cheio; unindo harmonicamente o ventre ao posterior

5. MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES

BRAÇOS E COTOVELOS: musculosos; braços inclinados; com cotovelos afastados do tórax
ANTEBRAÇOS: musculosos; aprumados; afinando-se até o joelho
JOELHOS: fortes, nítidos, no eixo
CANELAS: curtas, com tendões fortes e definidos; aprumadas
BOLETOS: secos, arredondados, fortes e nítidos; machinhos na parte posterior
QUARTELAS: de comprimento médio; fortes, espessas, nítidas e medianamente inclinadas
CASCOS: de volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos, aprumados e medianamente inclinados. De preferência, pretos
QUARTOS: musculosos, com nádegas profundas. Pernas moderadamente amplas e, musculosas interna e externamente
GARRÕES: amplos, fortes, secos. Paralelos ao plano mediano do corpo, com ângulo anterior medianamente aberto

Modos e significados de atar a cola do cavalo

Modos e significados de atar a cola do cavalo
Leônidas de Assis Brasil (Dedicado ao eng.º agr.º Roberto C. Dowdall).
Artigo publicado nos Anais da ACCC n º 13 - julho 1942
O gaúcho riograndense tem o hábito e lhe causa gosto especial – como que fascinação – de "andar de cola atada", como ele mesmo diz na gíria campeira. Ele imagina, mentalmente, que cada modo cause um dado efeito nesse imemorial hábito simbólico do peão de estância, no Rio Grande do Sul, onde o próprio autor deste ensaio vagou campo fora em ocasiões por espaços de dias, há mais de 50 anos, desde que "me conheci por gente" pastoreado gados, "aquerenciado" ou reunido a tourada de 4 e 5 anos, ás vezes "bagual", para castrála após o clássico adelgaço.
Esses touros, verdadeiras feras, sem costeio algum, eram postos em lugar plano, sem sanga, circundados por quinze, vinte ou mais gaúchos, os quais entravam de um a um no rodeio para enlaçar o seu escolhido ou tira-lo campo fora.
Montando em cavalos Crioulos que regulam de 1m,42, porque se escolhia o reprodutor baixo, comprido e de boa periferia – todos traziam atada a cola de seu corcel, o que o campeiro muito considerava, dizendo textualmente: "Meu cavalo é como um pensamento", expressão até hoje usada por tradição e com orgulho.
Como se vê em linhas gerais, a cola atada embora não trazendo vantagem maior para o serviço, era mais um hábito e, especialmente, um ornamento, como pode ser o tirador, o lenço ao pescoço, ou extensivamente, no homem o anel, e na mulher, a pulseira e a própria pintura nos lábios, cuja frivolidade as mulheres de toda a esféra social adotam e está como epidemia – se é que pode ser considerada doença.
O uso do tirador, entretanto, tem função de utilidade, principalmente o de feito de antigo – regulando 2 palmos de largura por 3 e meio de comprimento, ou seja retangular. O material usado era um couro de terneiro, bem sovado, ou de animais selvagens, - guarachaim (sorro), gato palheiro, jaguatirica, capivara, etc. Mas, o mais apreciado, cara terístico e de muita duração, é o tirador de couro de lontra. A utilidade deste ornamento, usado por cima do chiripá, sobre a cintura, destina-se a passar o laçar ou pialar um animal.
Atualmente os tiradores são enormes couros curtidos, demasiadamente compridos e incomodos, prejudicando a agilidade do gaúcho, qualidade inerente ao homem de campo. Em paralelo a essa lamentável deturpação de nossos hábitos gaúchos, outros se têm introduzidos por mal entendimento: - A bombacha de uso do verdadeiro campeiro era estreita e não o exagero incomodo que a mocidade usa hoje por baixo do enorme tirador, que tolhe os movimentos e não tem significado prático algum. E note-se que, com muito poucas exceções, o homem de campo que usa esses exageros é sempre um péssimo campeiro ; não sabe carnear uma rês, é um mau laçador, não é identificado com o seu cavalo e descura das árduas funções das lides do campo, que exigem o homem simples e observador, moderado e vivo, sóbrio e de bom humor – sem a mínima preocupação do que usa e do que veste: são costumes hereditários alheios a sua percepção.
Atar a cola do redomão (cavalo de mais de três galopes) é usado para tirar as cócegas do mesmo. Usa-se, também, em tempo de grande chuvas, para passar em pântanos, evitando embarrar a cola.
‘Mais do que, porém, a estultícia da pintura dos lábios ou o beiço furado da selvagem, ou ainda o talho no rosto do negro africano, - a cola atada, em suas diversas modalidades – tem para o gaúcho um significado especial e tradicional.
O cavalo com a cola atada – por uma impressão nervosa que se comunicará ao sistema muscular e a todo o aparelho locomotor, - fica como mais ágil sentindo esse efeito.
Os 10 principais modos em voga atualmente para atar a cola são conhecidos por:

Bailado

Negro Velho

Nó de Capataz

Passeio em carreira

Corneta

Moço bonito

Seguranças

Uruguaio

Segurança

Nó ligeiro


1 - Bailado
2 – Negro Velho
3 – Nó de Capataz (Para arrocinar cavalo)
4 – Passeio em carreira
5 – Corneta ( Essencialmente para corrida de cavalhadas, festas tradicional dos cidadão rio-grandense)
6 – Moço bonito (Para ver a noiva)
7 – Seguranças (Atado ao cavalo do amo, pelo seu peão ou capanga)
8 – Uruguaio (Usado no Rio G. do Sul mais para passeio)
9 – segurança
10 – Nó ligeiro(Para recolhidas ou apartes de rodeio)
Como os gaúchos tosam seus cavalos.
Raul Annes Gonçalves
Solicitado por um amigo, procurei reunir nestas linhas, destinadas aos "Anais" da prestigiosa Associação dos Criadores de Cavalos Crioulos, o pouco que conheço sobre as diversas maneiras de tosar cavalos, em uso entre os gaúchos do Rio Grande.
Desconhecendo, em absoluto, a existência de qualquer trabalho ou literatura sobre o assunto, tratei de expor o que tenho visto e feito em quase vinte anos de vida de estância, nos municípios de Rosário, Livramento e Alegrete. Como verão os leitores dos "Anais", trata-se de simples conhecimento pessoal, limitado a pequena região da vasta campanha Rio-Grandense.
Outros criadores mais campeiros e que melhor conheçam os hábitos do gaúcho, poderão dar à revista da A. C. C. C. mais completas indicações, servindo-a melhor em seu desejo de reunir e publicar tudo o que se refere, aos usos e tradicionais costumes dos nossos gaúchos.
Fig. 1 - Não é verdadeiramente um tôso. Devemos porém mencioná-lo por ser o primeiro que leva o bagual ao ser domado. Os gaúchos ao pegarem o pôtro para doma, conservam-lhe toda a crina, crescida pelos anos de potrilho, e a qual continua respeitada pela tesoura enquanto o animal é "de rédea". Ao receber o freio, tosanino pela primeira vez. O cavalo inicia, portanto, sua vida de serviço com toda a crina, sendo chamado "Quilinudo", quilina de potro ou bagual; ("Quilinia" é o que se ouve por crina).

Fig. 2 - "Côgotilho" é o tôso mais preferido, e apesar de ser um dos mais simples, é o mais bonito por dar graça ao contorno do pescoço. Nasce entre as orelhas com a altura de 1 cm.; segue elevando-se com harmonia (arco de barril), até ter de 4 a 5 cm de altura no meio do pescoço, e morre no " péga-mão " com a altura de 2 cm. Não é habito vir acompanhado da franja ou topete. É usado, geralmente por gaúchos de todas as idades.

Fig. 3 - "Ponta de lança", é um dos tôsos mais fáceis. Não leva topete. Começa entre as orelhas com altura de 1 ou 2 cm., continua em crescimento leve até ao "pega-mão", onde termina com uns 4 ou 5 cm. de altura. É pouco usado nos cavalos de montaria; encontra-se com mais freqüência em animais de carroça ou de andar de peães de estância. Para muitos este toso não dá graça alguma ao cavalo; até mesmo o faz representar mais feio de pescoço. Outros há que bastante o apreciam, usando.

Fig. 4 - "Meio-tôso", é feito com a repartição da crina de ponta a ponta; uma parte é tosada a côgotilho, e a outra deixa-se calda em toda a sua extensão, bem comprida e sem sinal de tesoura, ou então aparada à meia taboa do pescoço. Leva franja. É usado em cavalo de andar de mulher. É tôso bastante bonito e dá certa graça à cabeça do animal, principalmente quando esta é chimbé.

Fig. 5 - "Quilina aparada", conserva-se todo o cabelo da crina, que é somente aparado reto a meia altura da táboa do pescoço. Pode ser só de um lado ou de ambos, conforme a quantidade de crina do animal. Leva franja. Tôso preferido para, petiços de andar de crianças, e faz com que o animal represente ser menor. Também se vêm cavalos assim tosados, geralmente são de andar de pessoas velhas ou então cavalos de carro.

Fig. 6 - Não tem nome próprio. É o tôso cogôtilho com um negalho ou mecha de cabelo de 15 a 20 cm de comprimento, com uns 6 cm de largura na base da mecha. Leva franja. É freqüente ter um "passarinho" logo atrás das orelhas. Usado em cavalos recém enfrenados, quando os ginetes são solteiros e bem gaúchos.

Fig. 7 - "Tôso de passarinho", feito a côgotilho, sendo enfeitado com "passarinhos". Estes, são feitos a critério e gosto do tosador.





Fig. 8 - "Baianio", de origem militar, ou de fora do Estado, é tido entre os gaúchos como sinal de pouco gosto ou de não saber tosar. É cortado baixo, acompanhando todo o pescoço com a mesma altura de 1 ou 2 cm. Nada de topete.



Fig. 9 - "Meia quilina", leva franja, começa como o tôso de côgatilho e vai até o meio do pescoço; daí em diante fica a crina inteira e caída ao longo da táboa do pescoço. Esta modalidade é usada às vezes por domadores em baguais de rédea. Facilita o uso do buçal entre as orelhas e o resto da crina fica para tirar as cócegas do pingo.

Fig. 10 - "Tôso de égua de manada", usado em égua de cria e em cavalos velhos fora de serviço, dos quais se aproveita o cabelo para vender. É tosado rente ao couro, desde a cabeça até às cruzes (cernelha).




Fig. 11 - Vê-se neste desenho um tôso de passarinho, o pága-mão e o topete ou franja. Pega-mão é o nome dado à parte final da crina. Fica sobre as cruzes. Todo e qualquer tôso leva o pega-mão. Serve de auxílio ao pular em pelo no cavalo, sendo agarrado pela mão esquerda ao formar o salto para o lombo. A franja ou topete varia conforme o tôso ou gosto do tosador; usada somente para bonito, .não é muito freqüente.

Fig. 12 e 13 - Estas figuras, mostram que os passarinhos não abrangem toda a crina na largura; são feitos no meio da mesma. A crina varia de 6 a 2 cm de largura, conforme o cavalo seja Crioulo ou mestiço Inglês. Em cavalo Crioulo, o passarinho tem 1 ou 2 cm de largura no máxima, com 4 cm de altura. Nos mestiços será feito na largura de toda a crina, isto é 2 cm. Já não é tão bonito e nem bem ao gosto Crioulo. Finalizo esta pequena: descrição fazendo ‘votos para que outros criadores dêem aos "Anais" mais. detalhes sobre a arte de tosar os pingos na campanha sul riograndense.

A PRIMEIRA EXPORTAÇÃO DE EQÜINOS CRIOULOS BRASILEIROS PARA O ESTRANGEIRO.

A PRIMEIRA EXPORTAÇÃO DE EQÜINOS CRIOULOS BRASILEIROS PARA O ESTRANGEIRO.
É deveras promissor o patriótico movimento em boa hora desenvolvido pelos "crioulistas" brasileiros, pelo reerguimento e seleção da valente raça Crioula.
Bastas provas já temos tido do valor das criações nacionais, evidenciado pelas exportações de reprodutores para o estrangeiro. Assim já vimos notícias na imprensa, venda de touros Herefords, para a Argentina, e de equinos Árabes, para esse pais e os Estados Unidos.
Temos agora a satisfação em anunciar nestes Anais, a recente exportação feita por associados nossos, de duas éguas crioulas, para a Argentina.
Trata-se das eguas "Bisca Minuano", criação dos Srs. Echenique & Nunes Vieira e "Chará Eskualaria", de propriedades dos Srs. G. Echenique Filho & Irmãos Ltda.
Essas éguas, destinadas ao "pioneiro" argentino da criação de equinos Crioulos, professor Emilio Solanet, embarcaram para Buenos Aires, a bordo do vapor nacional "Mantiqueira", zarpado do porto do Rio Grande, a 23 do corrente mês "Bisca Minuano", R. P. 36, S. B. B. Prov. 421, tostada, nascida em 10 de dezembro de 1935, é a filha de "Pelo de Oro Cardal", S. B. B. Def. 1, e de "Sortija Cardal", S.B.B. Prov. 1, sendo portadora de uma corrente de sangue atualmente extinta no afamado "Haras El Cardal", daí a especial preferência daquele criador por essa égua, que é irmã própria do potrilho "Truco Minuano", S. BB Prov. 132, vendido ao Ministério da Agricultura na "6ª Exposição Nacional de Pecuaria", realizada em São Paulo, em 24 de julho de 1937.
A égua "Chará Eskualaria", R. P 20 S. B. B. Prov. 980, baia crespos do "velho Binga", do municipio de Cangussú, com tradição em vasta zona do Rio Grande, e foi aceita em primeira inscrição, pela Comissão de Inspeção da ACCC, em 12 de julho de 1938.
É mais um fruto altamente honroso da patriótica obra que a ACCC iniciou em 1932, visando a justa reabilitação do Cavalo, que foi, no passado, parte insubstituível na demarcação das nossas fronteiras e que é agora, e será no futuro, o único capaz de servir como montada dos nossos soldados, na defesa da Pátria Brasileira .